Nova recomendação do Ministério da Saúde inclui grávidas, lactantes e puérperas no grupo prioritário do Programa Nacional de Imunização (PNI)
Assim como tudo que envolve o novo coronavírus, as orientações e restrições para gestantes têm sido atualizadas com muita rapidez na pandemia, já que ainda não se sabe exatamente quais as possíveis consequências de uma contaminação para as mães e os bebês. Em relação à vacina, então, as dúvidas são muitas: já que gestantes, lactantes e puérperas não estavam nos primeiros estudos para diversos imunizantes, elas poderão se vacinar contra a Covid-19?
Não só podem, como devem: a mais recente recomendação do Ministério da Saúde (MS), divulgada em 27 de abril pela coordenadora do PNI, Franciele Francinato, inclui gestantes, lactantes e puérperas no grupo prioritário da vacinação. Anteriormente, a recomendação do MS era a de que apenas grávidas, lactantes e puérperas com comorbidades deveriam procurar o sistema de saúde para se vacinar, e não sem antes pesar riscos e benefícios com uma avaliação médica completa, já que gravidezes de risco poderiam exigir mais cautela em relação à imunização.
No entanto, segundo Franciele Francinato, o órgão decidiu que a proteção oferecida pela vacina é, no momento, mais relevante do que possíveis efeitos colaterais do imunizante para mães e bebês. A decisão foi tomada após dados do Observatório Obstétrico Brasileiro de Covid-19 (OOBr Covid-19) apontarem que a morte de mães e recém-nascidos pela doença mais do que dobrou em 2021, em comparação aos números de 2020.
Dessa maneira, futuras mães ou mães que tiveram filhos recentemente (no puerpério ou no período de amamentação) devem estar atentas para preencher mais um espaço na carteirinha de vacinação, com o intuito não só de se proteger, mas de evitar o adoecimento dos filhos.
Atualmente, a imunização de gestantes, lactantes e puérperas é realizada no Brasil com os imunizantes Coronavac e Pfizer.
Amamentação
Mulheres que estejam amamentando também poderão se vacinar. Ademais, não é necessário interromper o aleitamento, essencial nos primeiros seis meses de vida do bebê, e quem desejar doar leite poderá fazê-lo sem hesitações. No momento, não há estudos suficientes sobre a possibilidade da imunização das crianças através do leite materno, mas já há comprovação de que a vacina, se autorizada pela equipe médica que acompanha a família, não trará nenhum problema ao bebê – esteja ele dentro ou fora do útero.
Uma coisa é certa: gestantes, lactantes e puérperas devem redobrar os cuidados para prevenir a contaminação por coronavírus mesmo após a vacina, para evitar a transmissão do vírus e a possibilidade de quadros mais leves da doença. As recomendações preventivas seguem as mesmas: manter o distanciamento social, lavar as mãos com frequência, usar álcool gel ou líquido 70% e usar máscaras de boa qualidade, sempre dando preferência às descartáveis ou N95/PFF2 com certificação da Anvisa.
Para saber mais sobre o calendário vacinal de sua cidade ou estado, procure sempre por informações nos sites oficiais dos governos estaduais e municipais, ou acompanhe a secretaria de saúde da sua região nas redes sociais.
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