Durante a gestação, as mudanças hormonais que ocorrem para preparar seu corpo para receber e desenvolver um bebê podem causar alterações severas no organismo e, em alguns casos, resultar em quadros preocupantes de distúrbios e doenças que afetam a mãe e o feto. Muitos desses quadros, no entanto – principalmente quando não ligados a genética ou idade avançada –, podem ser prevenidos com hábitos mais saudáveis no dia a dia, e evitar que algo mais sério acometa a ambos.

Um bom exemplo disso é a pré-eclâmpsia, ou simplesmente DHEG (doença hipertensiva exclusiva da gravidez), é uma condição que atinge de 5 a 10% das grávidas e cujos principais problemas são o aumento da pressão arterial e dos níveis de proteína da urina da mãe. A doença, que pode estar ligada a um problema na placenta, costuma se manifestar a partir da 20ª semana de gestação, podendo acontecer até logo após o parto, e, caso não seja tratada, pode gerar um quadro de eclampsia, que é um distúrbio mais sério que pode colocar em risco a vida da mulher e da criança.

Entre os sintomas mais comuns estão o aumento exagerado de peso, inchaço, náuseas e dores de cabeça muito fortes, suor excessivo nas mãos e pés, entre outros. O acompanhamento médico frequente costuma identificar o quadro e diminuir os riscos da paciente, tornando a gravidez mais tranquila, assim como o desenvolvimento do bebê. Mas como evitar que a pré-eclâmpsia aconteça?

Assim como a maior parte das doenças gestacionais, não há fórmula pronta, já que o corpo da mulher está em um momento muito sensível e de oscilações hormonais. No entanto, vamos apresentar alguns hábitos que podem diminuir a probabilidade do aparecimento de uma pré-eclâmpsia na sua gestação.

1. Diminua ou retire o sal da sua dieta

É necessário ficar atenta ao consumo de sal e evitar excessos

Como uma das maiores causas do problema é o aumento desenfreado da pressão arterial, é necessário ficar atenta ao consumo de sal e evitar excessos. Essa é a hora de ser criativa nas receitas e buscar substituições para os pratos, ok?

Alimentos ultraprocessados e hiper energéticos, como os que contém cafeína, também devem ser evitados. Além do mais, você pode precisar de suplementação de vitaminas. Não deixe de procurar um nutricionista para te ajudar!

2. Beba muita, muita, muita água

O aumento de água no seu organismo ajuda a melhorar  o inchaço e a urinar mais

Sim, a gente sabe que é bem chato fazer xixi a toda hora e que isso já faz parte da sua rotina de grávida, mas o aumento de água no seu organismo pode te ajudar a lidar melhor com o inchaço e a urinar mais – eliminando mais toxinas.

3. Movimente o seu corpo (mas não abuse dele)

Pratique  exercícios

É necessário ficar atenta ao ganho descontrolado de peso, então a prática de exercícios será sua grande aliada nesse momento. No entanto, sempre consulte seu médico antes de se matricular em qualquer modalidade física: pode ser que, no seu caso, o descanso seja um caminho ainda melhor.

4. Não tome nenhum remédio sem orientação médica

altas doses de aspirina podem influir no aparecimento da pré-eclâmpsia

A gente sabe que isso é óbvio, mas quando bate aquela dor de cabeça ou nas costas, é difícil resistir a automedicação, né? Porém, estudos revelaram que altas doses de aspirina podem influir no aparecimento da pré-eclâmpsia. Por isso, pense bem antes de tomar qualquer pílula, mesmo que você já tome o remédio costumeiramente.

5. Faça o pré-natal durante toda a gravidez

Com o acompanhamento médico e a tecnologia atual, é pouco provável que um quadro de pré-eclâmpsia passe despercebido e cause danos sérios ao seu bebê. Atualmente, pacientes que enfrentam esse distúrbio conseguem controlá-lo e têm partos tranquilos e bebês saudáveis. Por isso, não se assuste, mas fique atenta: um pré-natal bem feito é o melhor remédio preventivo para a maioria dos quadros de doenças na gestação.

E aí, já agendou a próxima consulta?